Psicoterapia

O Modelo Terapêutico

Psicoterapia Sistémica Funcional

A psicoterapia sistémica encara a perturbação psicológica, como parte integrante de um sistema de relações, com uma determinada história, destinada a garantir um determinado equilíbrio.
Nesta perspetiva, as perturbações emocionais e comportamentais são o resultado do esforço de cada indivíduo para manter esse equilíbrio entre o sistema de relações que lhe dão segurança, afeto, estrutura e o sistema de relações que oferecem a possibilidade de evoluir conquistando a própria autonomia.
O papel da psicoterapia ao longo de cada processo terapêutico é tentar compreender, em conjunto com cada pessoa ou grupo de pessoas, qual a função de uma perturbação, para que serve, o que tenta manter ou prevenir. Compreender as motivações que nos levam a ter determinados comportamentos permite-nos clarificar as necessidades emocionais que procuramos satisfazer nas relações com os outros e permite também perceber melhor as necessidades dos outros que podemos ou não satisfazer. A percepção clara das necessidades e motivações, num contexto facilitador de pedidos de ajuda como deve ser o da psicoterapia, promove uma maior competência na negociação dessas necessidades para atingir o equilíbrio desejado. É precisamente quando sentimos que temos uma competência ativa e determinante na construção e negociação do nosso equilíbrio que a perturbação perde a sua função e importância.
Esta pesquisa permanente sobre a função das perturbações psicológicas no contexto do sistema de relações em que cada Ser Humano vive é, por um lado, fruto da minha especialização enquanto Psicoterapeuta Relacional Sistémico mas é também um aperfeiçoamento empírico, baseado na minha experiência de trabalho quer com as famílias quer com indivíduos isoladamente, e daí me faça sentido apelidar a minha abordagem terapêutica de Psicoterapia Sistémica Funcional.

A postura do psicoterapêuta


Tenho aprendido com a experiência profissional que os sintomas tendem a intensificar-se quando aumenta a necessidade de mudança, de crescimento para uma nova etapa de desenvolvimento individual, de casal, familiar, etc. Esta observação corresponde a dizer que os sintomas psicológicos também têm a função de nos proteger do confronto, porque é no confronto que podemos expressar as nossas verdadeiras necessidades, mas é também no confronto que podemos ver essas necessidades negadas, desvalorizadas ou suprimidas. 

Por esta razão, nas minhas consultas, estimulo o confronto de forma protegida. Procuro estabelecer um ambiente de segurança onde as pessoas se sintam confiantes para poder expressar as suas emoções e tento ajudar a compreender os perigos que cada uma sente face à expressão livre das suas emoções, seja comigo, com a família, com o companheiro/a, namorado/a, amigos, superiores hierárquicos, seja, inclusivamente, consigo próprio.

Identifico e desafio os padrões de funcionamento e relacionamento que cada pessoa ou grupo de pessoas apresenta e proponho novas formas de funcionamento que permitam aliviar o sofrimento e a insegurança.
Tento respeitar tudo aquilo que faz parte da nossa natureza, procurando integrar cada nova transformação na identidade de cada um, e não o contrário.
O Ser Humano é substancialmente territorial, social e criativo. Sinto por isso que a minha função é a de ajudar cada pessoa a encontrar o seu próprio território, em primeiro lugar, a partilhar o seu território, em segundo e a transformar os seus territórios individuais e partilhados, em terceiro, sem perder a originalidade.

Terapia Familiar

A Família, entendida muitas vezes como o sistema de referência principal na experiência emocional de uma pessoa, é o primeiro contexto de relações dentro do qual os sintomas e as perturbações psicológicas assumem uma função precisa no equilíbrio relacional dos elementos que dele fazem parte. Os conflitos que tendem a desagregar o sistema-família criam uma tensão emocional que tem efeitos dramáticos na pessoa que manifesta a perturbação ou sintoma psíquico. Na realidade, os sintomas de mal-estar psicológico de um elemento da família tendem a concentrar sobre esse elemento todas as atenções, permanecendo intocáveis ou adormecidas as fragilidades relacionais entre outros elementos da família. Isto torna-se particularmente visível, quando por exemplo, uma terapia que inicia devido à fobia escolar de um rapaz ou rapariga pré-adolescente, acaba por revelar um conflito latente entre os pais, que dura há bastantes tempo e que se torna mais explícito a partir do momento em que ambos os pais concordam com a necessidade de trabalhar aspetos cristalizados e evitados do seu relacionamento conjugal problemático.

A terapia familiar actua através de várias técnicas que permitem uma maior compreensão das dinâmicas relacionais numa perspetiva histórica e evolutiva, um redistribuir das atenções dadas às necessidades de cada um, a promoção de competências para viver em conjunto as vulnerabilidades de cada elemento e a construção de novos modelos de interação onde se reforça a capacidade para a negociação de estratégias na resolução de problemas.                                        

Terapia de Casal
Estudos recentes indicam que treinando a nossa capacidade para nos sentirmos mais inteiros como pessoas podemos tornar-nos mais competentes em resolver problemas da vida conjugal, sentindo mais prazer na relação de casal.


Psicoterapia com o adolescente
O insucesso na escola, a falta às aulas, o comportamento mais agressivo ou violento, a ansiedade prolongada, a tristeza prolongada, a dificuldade em se dar com os colegas, o abuso no consumo de substâncias, as dependências ou os vícios do jogo, são muitas vezes manifestações que pretendem comunicar às pessoas mais próximas uma vontade de mudança. Quando a mudança custa a acontecer é porque de certa forma a luta pela autonomia que prepara para o desenvolvimento adulto desperta o medo de perder o apoio e o afecto dos outros, essenciais à solidez da personalidade.


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Francisco Gonçalves Ferreira
919554265
franciscoferreira.pt@gmail.com



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